Adeus ó deusa especial, eu vou partir
Por nobre estrada sinuosa
Sigo a chorar, sempre a sorrir
Minha formosura, minha amargura
Simples maviosa, bela formosa
Um sonho repleto de candura
Que no lirismo é a prosa
Melíades, uma letra em balada
Botão perfeito duma rosa
No meu jardim na minha estrada
Meu peixe grande, meu peixe bom
Meu breu de noite iluminada
Que no silêncio é o som
Harmonia, foste uma estória encantada
Adeus Rainha do meu reino, eu parto agora
Não há mais nada que temer
Chegou altura, chegou a hora
És presente o futuro, és o passado
O ganho no meu perder, tu és a glória
Anel por chamas denunciado
Nas areias revoltadas a esquecer
Nefertiti, minha musa extaseante
Definitiva e provisória
Inspiração de conto edificante
Meu acordar primaveril, imensidão triangular
Minha sombra ensolarada
Na esfinge a rodear
A profecia amaldiçoada.
Adeus ó ninfa do meu mar, eu já parti
Sigo teu leito d'imensidão
Que tantas vezes percorri
Foste loucura, foste maré
Foste ilusão, raio de luz
Uma aventura iniciada no sopé
Manto sagrado, foste a brisa de verão
Oceânidas, uma beleza uma doçura
Porto d'abrigo que me conduz
Ao cume duma montanha de loucura
Foste o brilho no meu céu
A beleza, o meu alvor
Meu sepulcro, meu mausoléu
Adeus ninfa... Acabou amor
6 comentários:
Muito bom agora levantar e seguir é o teu caminho...
Abraço.
Deep!
Muito bom.
És Fado. Não poderia existir tanta beleza sem dor.
Um epílogo de excelência para uma estória de arrebatar inextinguível da lembrança.
"Mas como lhe disse Tito, a cara não viro, a luta continua." Rebelo da Costa
É bem. :)
Nunca uma despedida foi tão doce.
Nunca um Adeus, significou tanto. A esperança.
Dirty!
Arrasador
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