São Rosas

Para mim acabou a prosa
Que não me traz carinhos
Prefiro o cheiro duma rosa
Mesmo com seus espinhos

As suas pétalas abrem
Exalam uma demência
Ao cair elas sabem
Que m'acabou a prudência

No seu caule permanece
Um persistente botão
O resistente merece
A minha admiração

Foi o que t’aconteceu
Fino e triste revés
Rosa que pereceu
Foste, não mais o és

2 comentários:

Carlos Gomes disse...

E assim se faz arte.

José Chilra disse...

Gostei muito das suas rimas cruzadas. Parabéns

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