Sem Carta

Foi assim que nasceu,
Crescendo como erva daninha;
Uma estória que se escreveu,
Tudo! Tudo por uma carinha.

Pensei em farto, acertei em cheio,
Falei em verso, falei por arte,
Quis dar o precioso recheio,
A fortuna de ser só, só por amar-te.

E, foi assim que aconteceu,
A maravilha que eu criei,
Já se esfumou, já padeceu,
O povo chora, por não ter rei.

Bem lá no fundo, sempre se soube
Que era efémera, toda a doutrina,
Sábio o que aprende, ouve,
Bárbaro o que sabe, e não ensina.

Jamais direi, que foi em vão,
Até porque apenas enriqueci,
Deram riqueza, ao meu coração,
Esses momentos, que eu vivi.

2 comentários:

Carlos Gomes disse...

Nada a que não nos tenhas já acostumado, mas ainda assim, é inevitável dizê-lo: SENSACIONAL!

Paulo Frazao disse...

sábias palavras meu amigo...

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