Há quem os coma em abundância,
Vistosos, magnificentes se apresentam.
Há quem os prefira sem relutância,
E há aqueles que se lamentam.
Há quem os prefira frutados,
Com um pé, que os eleva bem alto.
Ou quem as adore mais pesadas,
De qualquer maneira, sem sobressalto.
Há quem goste de avelã tocada por noz,
Há quem goste bem fresca, mesmo que fique sem voz.
Com base de hortelã, mas com travo de figo,
Erguem-nos ao céu, brindam com um amigo.
Há aqueles que não dispensam o crocante,
Há aqueles que a preferem arrepiante.
Já os vi com belas misturas de cores,
Já as provei com variadíssimos sabores.
Há quem exalte os seus amores,
Há quem apenas chore suas dores.
São camadas que a dicotomia sobrepôs,
Aquelas que nos servem, em qualquer parte.
Há aqueles que são robôs,
Há aqueles que têm arte!
60 Segundos Para Quê?
Agora que vosso regresso está eminente,
O segundo será ensaiado.
Muito mais que um passo em frente,
Mais que um passado revisitado.
Leonor aguarda, e diz estar preparada,
A ver vamos, o que irá acontecer.
Mal do pescador se perder sua amada,
Motivo único que o faz viver.
A luta não será fácil, é de prever,
Quando desembainhada for a espada,
É certo, alguém terá de morrer!
O segundo será ensaiado.
Muito mais que um passo em frente,
Mais que um passado revisitado.
Leonor aguarda, e diz estar preparada,
A ver vamos, o que irá acontecer.
Mal do pescador se perder sua amada,
Motivo único que o faz viver.
A luta não será fácil, é de prever,
Quando desembainhada for a espada,
É certo, alguém terá de morrer!
O Que David Queria Dizer a Leonor
No fim vos darei um presente,
Serão as palavras de David, o pescador.
Aquelas que não disse, por ser demente,
A Leonor, seu único e grande Amor.
Mas como lhe disse Tito,
A cara não viro, a luta continua.
Será único, eu acredito.
Será até ao ultimo suspiro da Lua.
Porque um Amor destes não morre assim,
Aguardemos pelos próximos actos,
Pois ele é para sempre, até ao fim!
Serão as palavras de David, o pescador.
Aquelas que não disse, por ser demente,
A Leonor, seu único e grande Amor.
Mas como lhe disse Tito,
A cara não viro, a luta continua.
Será único, eu acredito.
Será até ao ultimo suspiro da Lua.
Porque um Amor destes não morre assim,
Aguardemos pelos próximos actos,
Pois ele é para sempre, até ao fim!
Tempo
De mil recordações que guardo,
Em quase todas estás presente.
Resquícios de um bom passado,
Futuro dum tempo que não mente.
Números gravados em pedra dura,
Segundos em que é bom só por te ter.
Minutos, horas, dias em loucura
São a ânsia dos meus olhos p’ra te ver.
Areia marcada pelos passos que demos.
Rochedo alto onde gravo o teu nome
Gravura bonita do presente que temos,
Actual, dum amor que não some.
Palavras para isto não chegam,
Silêncio obscuro que quase mata.
Cultura de enciclopédias que nos levam,
Para jogo que não ata nem desata.
Na tua ausência ando perdido,
Caminhante solitário me torno,
Sempre na busca do ouro perdido…
Em quase todas estás presente.
Resquícios de um bom passado,
Futuro dum tempo que não mente.
Números gravados em pedra dura,
Segundos em que é bom só por te ter.
Minutos, horas, dias em loucura
São a ânsia dos meus olhos p’ra te ver.
Areia marcada pelos passos que demos.
Rochedo alto onde gravo o teu nome
Gravura bonita do presente que temos,
Actual, dum amor que não some.
Palavras para isto não chegam,
Silêncio obscuro que quase mata.
Cultura de enciclopédias que nos levam,
Para jogo que não ata nem desata.
Na tua ausência ando perdido,
Caminhante solitário me torno,
Sempre na busca do ouro perdido…
Sons de Melodia
Longo caminho se percorre nesta estrada,
Por entre acordes enamorados duma guitarra.
Piano de cauda que ecoa pela sua amada,
Em minuciosa pauta de uma vida amarrada.
Contada pelas notas lindas desta flauta,
Historia ritmada por aguerridos tambores.
Danos colaterais de uma vida incauta
Que não mais quer ouvir falar d'amores.
Ofuscante balada em trompete brilhante.
Melodia entoada por soprano fabuloso.
Tragédia romana esta vida de errante,
Num marejar de violino maravilhoso.
E quando os rufos dos tambores ameaçam finalizar,
Aguardo pela minha Diva até que a musica acabe,
Para de mãos dadas, juntos voltarmos a cantar.
Por entre acordes enamorados duma guitarra.
Piano de cauda que ecoa pela sua amada,
Em minuciosa pauta de uma vida amarrada.
Contada pelas notas lindas desta flauta,
Historia ritmada por aguerridos tambores.
Danos colaterais de uma vida incauta
Que não mais quer ouvir falar d'amores.
Ofuscante balada em trompete brilhante.
Melodia entoada por soprano fabuloso.
Tragédia romana esta vida de errante,
Num marejar de violino maravilhoso.
E quando os rufos dos tambores ameaçam finalizar,
Aguardo pela minha Diva até que a musica acabe,
Para de mãos dadas, juntos voltarmos a cantar.
© Rebelo da Costa