© London Grammar
Ridi Pagliaccio
No "caras" esteve para ser,
Mais um abraço sem tema,
Mas como posts não sei fazer,
Lá terá de ser por poema.
Tendo em conta o teu cariz,
E primor em tudo que faço,
Dou-te um vermelho nariz
Visto seres... O Palhaço.
Imagino que estarás bem,
E sabes, por seres sagaz,
O que realmente convem,
É ser certinho e fugaz.
Mais um abraço sem tema,
Mas como posts não sei fazer,
Lá terá de ser por poema.
Tendo em conta o teu cariz,
E primor em tudo que faço,
Dou-te um vermelho nariz
Visto seres... O Palhaço.
Imagino que estarás bem,
E sabes, por seres sagaz,
O que realmente convem,
É ser certinho e fugaz.
Valentine's
Como teu coração é perfeito
Assim. É belo mesmo assim,
Posicionado desse nobre jeito
Aguardando a flecha de S. Valentim.
Deixas antever a silhueta
Formosa, totalmente simétrica,
Rodeada de renda preta,
Repleta d'intensidade poética.
Ofereces-me trufas castanhas
Entre suspiros desmedidos,
Devoro-as até às entranhas
Com loucos ataques destemidos.
Inspiras-te a data, o momento,
Perpetuas-te o belicoso evento,
Embora não fosse esse teu intento.
Da Cruz Francisco
Assim. É belo mesmo assim,
Posicionado desse nobre jeito
Aguardando a flecha de S. Valentim.
Deixas antever a silhueta
Formosa, totalmente simétrica,
Rodeada de renda preta,
Repleta d'intensidade poética.
Ofereces-me trufas castanhas
Entre suspiros desmedidos,
Devoro-as até às entranhas
Com loucos ataques destemidos.
Inspiras-te a data, o momento,
Perpetuas-te o belicoso evento,
Embora não fosse esse teu intento.
Da Cruz Francisco
Capitão, Meu Capitão
Onde estás meu amigo,
Meu amante, meu pendor,
Sem ti eu não consigo,
Acalmar este estertor.
Onde, onde, diz-me camarada,
Onde desagua a tua virtude,
Onde estremece tua passada
Plena de sapiência e vicissitude.
Faltas-nos, tanto, consciência,
Bálsamo, despótico lápis azul,
Mata-nos, devora-nos tua ausência
Nosso nobre, ilustríssimo Cônsul.
Somos, estamos tristes, acredita,
Salva-nos, se a vida tu permita,
Culminando da forma, tua favorita.
Meu amante, meu pendor,
Sem ti eu não consigo,
Acalmar este estertor.
Onde, onde, diz-me camarada,
Onde desagua a tua virtude,
Onde estremece tua passada
Plena de sapiência e vicissitude.
Faltas-nos, tanto, consciência,
Bálsamo, despótico lápis azul,
Mata-nos, devora-nos tua ausência
Nosso nobre, ilustríssimo Cônsul.
Somos, estamos tristes, acredita,
Salva-nos, se a vida tu permita,
Culminando da forma, tua favorita.
No Velho Coreto Abandonado
No velho coreto abandonado,
Mais um marco, uma vitória.
O momento ficou gravado
E ecoará p'ra toda a história.
Deslizámos no frio prado
Onde se cumpria tradição,
Já longe do chão molhado
Ouvimos gritos da multidão.
Descemos então à calorosa gruta
Do nosso ponto d'encontro francês,
Clássico, contemporâneo em disputa,
Ao som do rock perdemos a timidez.
No meu fogoso peito alvinegro
Sentiste a força do meu pulsar,
No ouvido pousei-te um segredo,
Que está ainda... por revelar.
Banhados na embriaguez dos sentidos,
Resvalavam os nossos pensamentos,
Foram rompantes, irreflectidos
E libertaram-nos nossos intentos.
Pousei a mão no teu dorso,
Ou pousaste a tua no meu.
Ainda que turvo, faço esforço
De recordar como aconteceu.
Nossos lábios estavam prometidos,
Destinados a uma dança final.
Nossos corpos compelidos
A viver algo especial.
Mais um marco, uma vitória.
O momento ficou gravado
E ecoará p'ra toda a história.
Deslizámos no frio prado
Onde se cumpria tradição,
Já longe do chão molhado
Ouvimos gritos da multidão.
Descemos então à calorosa gruta
Do nosso ponto d'encontro francês,
Clássico, contemporâneo em disputa,
Ao som do rock perdemos a timidez.
No meu fogoso peito alvinegro
Sentiste a força do meu pulsar,
No ouvido pousei-te um segredo,
Que está ainda... por revelar.
Banhados na embriaguez dos sentidos,
Resvalavam os nossos pensamentos,
Foram rompantes, irreflectidos
E libertaram-nos nossos intentos.
Pousei a mão no teu dorso,
Ou pousaste a tua no meu.
Ainda que turvo, faço esforço
De recordar como aconteceu.
Nossos lábios estavam prometidos,
Destinados a uma dança final.
Nossos corpos compelidos
A viver algo especial.
(Quem) Serás Tu?
Quem és brisa do ascensor,
Sopro de firmamento etéreo,
Simples sorriso devastador,
Aurora de ânsia e de mistério.
Donde são teus cabelos fogosos,
Tua marcante figura altiva,
Teus olhos mais que formosos,
Tua identidade ainda furtiva.
Diz-me, canta-me tua graça,
E novamente nos encontraremos.
Revela o ocaso desta desgraça,
P'ra que embevecidos fiquemos.
Confessa que não foi feitiço
Ou um qualquer encantamento,
Que este sentimento afogadiço
Respirará com tod'o alento.
Conta-me que fomos imagem em tela,
Um romance de sétima arte
Que a nossa estória será bela
E nos cruzaremos em qualquer parte.
Sopro de firmamento etéreo,
Simples sorriso devastador,
Aurora de ânsia e de mistério.
Donde são teus cabelos fogosos,
Tua marcante figura altiva,
Teus olhos mais que formosos,
Tua identidade ainda furtiva.
Diz-me, canta-me tua graça,
E novamente nos encontraremos.
Revela o ocaso desta desgraça,
P'ra que embevecidos fiquemos.
Confessa que não foi feitiço
Ou um qualquer encantamento,
Que este sentimento afogadiço
Respirará com tod'o alento.
Conta-me que fomos imagem em tela,
Um romance de sétima arte
Que a nossa estória será bela
E nos cruzaremos em qualquer parte.
© Rebelo da Costa