Revelação, 365

Agora que faço o balanço,
Depois do tempo muito alterar,
Continuo sem ter descanso,
Sem nada querer mudar.

Não foram bons, todos os dias,
Foram diferentes como uma flor,
São uma luta p'ra que sorrias,
Para tornar mais doce, A Leonor...

Se verdadeiros os que conheci,
Valeram a pena, os momentos,
Que contigo já vivi.
De complicada resolução,
Diz o meu sentido coração;

Embeveceu pela pureza,
Amou de riste, por tristeza;
Lutou pela linda beleza,
De todas, a única certeza!

Fez por acreditar,
Que a vida assim lhe sorri,
E assim vamos continuar,
A entender menos, do que percebi.

Chovem montanhas e horizontes,
Aguardo impaciente por detrás dos montes!

Boa Sorte

Será o início doutra jornada,
Será apenas outra mudança.
Depois da tempestade anunciada,
Brilha com o sol, uma nova bonança.

E, esperemos que corra bem,
Assim abrirás mais um capítulo,
Sabes melhor do que ninguém,
O quanto precisa de ti,O Ridículo!

E sejam juntas, ou separadas,
Serão as mais importantes,
P'ra mim as mais aguardadas.

XIII [Soneto do Pau Decifrado]

É pau, e rei dos paus, não marmeleiro,
Bem que duas gamboas lhe lobrigo;
Dá leite, sem ser árvore de figo,
Da glande o fruto tem, sem ser sobreiro:

Verga, e não quebra, como zambujeiro;
Oco, qual sabugueiro tem o umbigo;
Brando às vezes, qual vime, está consigo;
Outras vezes mais rijo que um pinheiro:

À roda da raiz produz carqueja:
Todo o resto do tronco é calvo e nu;
Nem cedro, nem pau-santo mais negreja!

Para carvalho ser falta-lhe um U; [carualho]
Adivinhem agora que pau seja,
E quem adivinhar meta-o no cu.


Manuel Maria de Barbosa l´Hedois Du Bocage

Ao Anónimo

19/05/11
21h15
Restaurante Marinheiro
Praça Dona Filipa de Lencastre, 187 - Porto

Até logo

6 + 1 Kuks

Venho um pouco atrasado
De qualquer forma venho dizer
Momento deve ser recordado
Para ninguém se esquecer
Sinto-me muito lisonjeado
E digo com todo prazer
Orgulha-me ser teu namorado

Interrogação

Julgo ter chegado a hora,
Julgo ter chegado a altura.
Espero, não te vás embora
E o reveles com toda a lisura.

Mates a sede aos curiosos,
Com o mais singelo acto.
Darás um cálice aos ansiosos,
Saindo assim do anonimato

Assim, Ó do forte abraço, te peço,
Pelos momentos passados contigo,
Desta forma eu me despeço,
Pedindo o teu nome, caro velho amigo.

Desejo II

Somente para exprimir,
Que estou aqui para ajudar.
Adoro ver-te sorrir,
Não te quero ver chorar.

Seja qual for o destino,
Trará uma luz que ilumina.
Terá o ombro do menino,
Para afagar a sua menina.

E quando passar a tempestade,
Acalmar-se-á a ansiedade,
Sorrirás novamente, com vontade.

Post-It

Hoje é dia de viagem,
Veremos o que irei receber,
Espero mais que uma miragem,
Se é que me faço entender...

© Rebelo da Costa